segunda-feira, 20 de abril de 2009

Aldeia na cidade...

Aqui do alto olho a cidade...

Está adormecida pelo barulho, um som constante que se faz ouvir a cada segundo...
É impressionante este stress, não ensinado, mas apreendido. Todos passam a correr e olhar para trás é perder tempo...
Basta sair da confusão da cidade e entrar na pacatez de uma vida provinciana, mesmo que apenas por momentos, para perceber o quão importantes são as coisas simples da vida! Usualmente discretas e sem exigir importância, passam de um segundo para o outro a desempenhar o papel de guias... De repente vejo-me outravez a pensar duas vezes...
E o melhor de tudo é este espírito renovado! Voltar à confusão e sentir o sossego de uma aldeia...

Jinho*

sábado, 8 de novembro de 2008

Os ganhos em saúde resultam de ganhos em eficiência?

“Os cuidados de saúde constituem um serviço de interesse social”. Ou seja, torna-se necessário adoptar meios que satisfaçam esse mesmo interesse. Mas, note-se que é um interesse social, ou seja, não corresponde apenas a uma pequena percentagem de identidades, que é o que por vezes se vê suceder, mas sim a um interesse global, que visa beneficiar na totalidade.

Em resposta à pergunta, “os ganhos em saúde resultam de ganhos em eficiência?”, pode afirmar-se que estes ganhos são todos aqueles que de alguma forma contribuem para o bem-estar do Serviço Nacional de Saúde. Isto é, não só os ganhos em saúde física da população, como também os que advém da correcta gestão das unidades de saúde por parte dos administradores e Ministério.

Se pensarmos num Serviço Nacional de Saúde ideal, constatamos que os ganhos em saúde resultam realmente de ganhos em eficiência. No entanto, ao observar o cenário actual, verifica-se que por vezes se procuram ganhos em saúde que poderão beneficiar apenas por momentos os interesses, nestes casos, não são ganhos em eficiência que são adoptados, mas sim medidas que contornam os problemas apenas por um certo período de tempo. Um exemplo disso é a contratação do sector privado em detrimento do desenvolvimento e exploração adequada do sector público.
Numa visão idealista, a adopção de medidas eficientes e pensadas para todos, contribuiria com toda a certeza para ganhos em saúde no futuro.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Relações de articulação entre o “hospital de proximidade”, o centro de saúde e outros hospitais (redes hospitalares)

Muito se tem falado sobre a questão dos hospitais de proximidade. O problema está na incorrecta comparação que é feita entre estes e os grandes hospitais. Como é de prever, o número de atendimentos entre um e outro é de grande discrepância, o que torna esta comparação totalmente errada. Visto que a densidade de consultas, exames e outros actos médicos é muito menor nos hospitais de proximidade, originando “(…) a grave quebra do vínculo interno de responsabilidade médica e tutela técnica dos actos médicos praticados (…)”.

A solução poderá estar no desenvolvimento de competências dos centros de saúde, fazer destes um ponto de apoio aos grandes hospitais. Ou seja “(…) o centro hospitalar deve configurar uma estrutura assistencial projectada para a resposta mais extensiva às necessidades de saúde diagnosticadas (…)”. Com isto, permite aos hospitais centrais conseguirem dar uma resposta mais eficaz a situações que realmente se justificam ser tratadas nestes locais.

Ao desenvolver as capacidades dos centros de saúde, tornam-se desnecessárias as prestações por parte dos hospitais de proximidade, que como já foi referido acima, não garantem as exigências necessárias de um “verdadeiro” hospital.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A beleza do olhar...

E ali estavam... tão perto e tão longe...

Os olhares t(r)ocavam-se como que a quererem dizer o que a boca não conseguia.

Talvez seja melhor serem os olhos a comunicar... é de conhecimento universal que os olhos falam uma lingua diferente da boca, pois seja qual fôr a cor não conseguem esconder sentimentos...

É preciso apenas que se encontrem...

Jinho*

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Querer bem traz recompensas... e o sorriso agradecido faz-me querer bem outravez!

É como um ciclo vicioso, um jogo que quanto mais se joga mais se ganha, e quanto mais se ganha, mais se quer jogar!

...hoje fui recompensada, amanha volto a jogar!

Jinho*

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Onde anda a Multidisciplinaridade?

(Desafio da prof. de Dispositivos Médicos)
Multidisciplinaridade, um conceito que é talvez ignorado pela maioria, mas fundamental nos dias de hoje, principalmente na área da saúde. Refere-se a uma associação de várias matérias com um objectivo comum, em que se pretende a partir de pontos de vista e tarefas distintas obter o sucesso desse objecto de estudo.
A saúde, e em especial a Radiologia, sendo uma técnica de diagnóstico e terapêutica tem obrigatoriamente de compreender a relação entre diversas áreas. Talvez esse tenha sido o motivo que me levou a optar por este curso. A medicina, e em especial o contacto com o doente e o gosto pelas novas tecnologias foram o empurrão para a minha decisão ao terminar o ensino secundário. Pela experiência que tenho tido até então, que tem passado apenas por estágios de algumas horas em clínicas ou hospitais fazem-me pensar que fiz a escolha certa.
Por mais anos que viva, não vou esquecer de certeza o primeiro contacto com o hospital. Os doentes, os médicos, técnicos, enfermeiros e restante pessoal, os corredores que parecem não ter fim, o cheiro que é próprio do lugar, aquele nervoso miudinho, os olhares desconfiados por ser “a estagiária” inexperiente… E depois a chuva de emoções porque se passa, sempre com uma enorme intensidade, a depressão por ver um doente menos capaz e no minuto a seguir a mãe da criança feliz porque o diagnóstico é favorável. Confrontam-me muitas vezes com o facto de ter de lidar com este tipo de situações no dia-a-dia, como será que vou reagir? Por norma não me questiono sobre isso, a não ser quando o fazem por mim, mas a minha resposta até ao momento tem sido sempre a mesma, “Quando se gosta do se faz, só se pensa na reacção depois de já ter passado pela experiência, e eu gosto do que faço!”.
Na rua somos todos anónimos, nunca se sabe quem está ao nosso lado, então quem é que já não ouviu a senhora que vai sentada à nossa frente no autocarro a criticar este ou aquele profissional de saúde? Nos dias que correm dou-me conta que o público em geral tem uma visão um pouco fria de quem trabalha na área da saúde, sejam estes médicos, enfermeiros ou outros técnicos de saúde. Sempre rígidos com os outros e consigo próprios, não tenho dúvidas que os há, mas serão certamente um número muito mais reduzido do que se poderá pensar. Tenho a certeza que todos são tocados por este ou por aquele doente, seja qual for o motivo. Somos todos humanos, profissionais e pacientes, uns dias mais sensíveis, outros porém mais distantes, e a ideia de que se podia ter feito mais e melhor passará sempre pela cabeça. Nas aulas, ou até mesmo no hospital, quando observo os técnicos mais velhos, dou-me conta que se lembram perfeitamente da história do “Sr. António”, que por sua vez já foi há uma dezena de anos, e contam-na como se tivesse sido ontem com uma lágrima no canto do olho. Todos os detalhes gravados na memória e acima de tudo muitos sentimentos.
É esta a minha perspectiva, talvez um pouco optimista, o que já é próprio da minha personalidade, mas gosto de pensar que é realmente como descrevo.
Jinho*

domingo, 11 de novembro de 2007