sábado, 8 de novembro de 2008

Os ganhos em saúde resultam de ganhos em eficiência?

“Os cuidados de saúde constituem um serviço de interesse social”. Ou seja, torna-se necessário adoptar meios que satisfaçam esse mesmo interesse. Mas, note-se que é um interesse social, ou seja, não corresponde apenas a uma pequena percentagem de identidades, que é o que por vezes se vê suceder, mas sim a um interesse global, que visa beneficiar na totalidade.

Em resposta à pergunta, “os ganhos em saúde resultam de ganhos em eficiência?”, pode afirmar-se que estes ganhos são todos aqueles que de alguma forma contribuem para o bem-estar do Serviço Nacional de Saúde. Isto é, não só os ganhos em saúde física da população, como também os que advém da correcta gestão das unidades de saúde por parte dos administradores e Ministério.

Se pensarmos num Serviço Nacional de Saúde ideal, constatamos que os ganhos em saúde resultam realmente de ganhos em eficiência. No entanto, ao observar o cenário actual, verifica-se que por vezes se procuram ganhos em saúde que poderão beneficiar apenas por momentos os interesses, nestes casos, não são ganhos em eficiência que são adoptados, mas sim medidas que contornam os problemas apenas por um certo período de tempo. Um exemplo disso é a contratação do sector privado em detrimento do desenvolvimento e exploração adequada do sector público.
Numa visão idealista, a adopção de medidas eficientes e pensadas para todos, contribuiria com toda a certeza para ganhos em saúde no futuro.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Relações de articulação entre o “hospital de proximidade”, o centro de saúde e outros hospitais (redes hospitalares)

Muito se tem falado sobre a questão dos hospitais de proximidade. O problema está na incorrecta comparação que é feita entre estes e os grandes hospitais. Como é de prever, o número de atendimentos entre um e outro é de grande discrepância, o que torna esta comparação totalmente errada. Visto que a densidade de consultas, exames e outros actos médicos é muito menor nos hospitais de proximidade, originando “(…) a grave quebra do vínculo interno de responsabilidade médica e tutela técnica dos actos médicos praticados (…)”.

A solução poderá estar no desenvolvimento de competências dos centros de saúde, fazer destes um ponto de apoio aos grandes hospitais. Ou seja “(…) o centro hospitalar deve configurar uma estrutura assistencial projectada para a resposta mais extensiva às necessidades de saúde diagnosticadas (…)”. Com isto, permite aos hospitais centrais conseguirem dar uma resposta mais eficaz a situações que realmente se justificam ser tratadas nestes locais.

Ao desenvolver as capacidades dos centros de saúde, tornam-se desnecessárias as prestações por parte dos hospitais de proximidade, que como já foi referido acima, não garantem as exigências necessárias de um “verdadeiro” hospital.