segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Onde anda a Multidisciplinaridade?
A saúde, e em especial a Radiologia, sendo uma técnica de diagnóstico e terapêutica tem obrigatoriamente de compreender a relação entre diversas áreas. Talvez esse tenha sido o motivo que me levou a optar por este curso. A medicina, e em especial o contacto com o doente e o gosto pelas novas tecnologias foram o empurrão para a minha decisão ao terminar o ensino secundário. Pela experiência que tenho tido até então, que tem passado apenas por estágios de algumas horas em clínicas ou hospitais fazem-me pensar que fiz a escolha certa.
Por mais anos que viva, não vou esquecer de certeza o primeiro contacto com o hospital. Os doentes, os médicos, técnicos, enfermeiros e restante pessoal, os corredores que parecem não ter fim, o cheiro que é próprio do lugar, aquele nervoso miudinho, os olhares desconfiados por ser “a estagiária” inexperiente… E depois a chuva de emoções porque se passa, sempre com uma enorme intensidade, a depressão por ver um doente menos capaz e no minuto a seguir a mãe da criança feliz porque o diagnóstico é favorável. Confrontam-me muitas vezes com o facto de ter de lidar com este tipo de situações no dia-a-dia, como será que vou reagir? Por norma não me questiono sobre isso, a não ser quando o fazem por mim, mas a minha resposta até ao momento tem sido sempre a mesma, “Quando se gosta do se faz, só se pensa na reacção depois de já ter passado pela experiência, e eu gosto do que faço!”.
Na rua somos todos anónimos, nunca se sabe quem está ao nosso lado, então quem é que já não ouviu a senhora que vai sentada à nossa frente no autocarro a criticar este ou aquele profissional de saúde? Nos dias que correm dou-me conta que o público em geral tem uma visão um pouco fria de quem trabalha na área da saúde, sejam estes médicos, enfermeiros ou outros técnicos de saúde. Sempre rígidos com os outros e consigo próprios, não tenho dúvidas que os há, mas serão certamente um número muito mais reduzido do que se poderá pensar. Tenho a certeza que todos são tocados por este ou por aquele doente, seja qual for o motivo. Somos todos humanos, profissionais e pacientes, uns dias mais sensíveis, outros porém mais distantes, e a ideia de que se podia ter feito mais e melhor passará sempre pela cabeça. Nas aulas, ou até mesmo no hospital, quando observo os técnicos mais velhos, dou-me conta que se lembram perfeitamente da história do “Sr. António”, que por sua vez já foi há uma dezena de anos, e contam-na como se tivesse sido ontem com uma lágrima no canto do olho. Todos os detalhes gravados na memória e acima de tudo muitos sentimentos.
É esta a minha perspectiva, talvez um pouco optimista, o que já é próprio da minha personalidade, mas gosto de pensar que é realmente como descrevo.
domingo, 11 de novembro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Cativar!
Foi então que apareceu uma raposa.
- Olá, bom dia! disse a raposa.
- Olá, bom dia! - Respondeu delicadamente o princepezinho.
- Anda brincar comigo - pediu o princepezinho. Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
- Andas á procura de galinhas? (diz à raposa)
- Não... Ando á procura de amigos.
- Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa. - ... Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo... Tenho uma vida terrivelmente monótona... Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia se Sol. Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? ... não me fazem lembrar de nada. É uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então quando eu estiver cativada por ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti... Só conhecemos as coisas que cativamos - disse a raposa. - Os homens, agora já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não tem amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
- E o que é preciso fazer? - Perguntou o princepezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada . A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar mais perto... Se vieres sempre ás quatro horas, ás três já eu começo a ser feliz...
Foi assim que o princepesinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! - exclamou a raposa - Ai que me vou pôr a chorar...
- Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...
Depois acrescentou:
- Anda vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo.
O princepesinho lá foi... - vocês não são nada disse-lhes ele. - Não há ninguém preso a vocês... - não se pode morrer por vocês... A minha rosa sozinha. vale mais do que vocês todas juntar, porque foi a ela que eu reguei, que eu abriguei... Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, ás vezes calar-se. Porque ela é a minha rosa.
E então voltou para ao pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. - vou-te contar o tal segredo. É muito simples:
Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos...
Foi o tempo que tu perdes-te com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante. Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa..."
É isto a amizade, conjugar o verbo cativar! Não passa pois de uma série de encontros onde duas pessoas se cativam mutuamente. E à medida que a quantidade de encontros se multiplica, assim elas se tornam dependentes uma da outra, criam laços.
Não deixando de todo a ideia que a tarefa é fácil, porque não o é!
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
O meu olhar...
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia : tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...
Alberto Caeiro
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Quando o sol se põe
sexta-feira, 29 de junho de 2007
(...)
terça-feira, 12 de junho de 2007
Momento...
De manhã acordo e descubro que algo me incomoda... Não sei explicar o quê nem o porquê, sei apenas que não estou nem sou.
Aquela inconstância que se apodera de mim e não me deixa ser quem sou, agir como quero...Simplesmente não sou capaz!
Cansaço, desmotivação? Talvez... a única certeza que tenho é a vontade de me libertar deste estadio, voar mais alto que o pássaro do medo e alcançar a pomba Senhora da Paz!
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Formigueiro
Baixo a cabeça, pois o sol fazia confusão aos olhos, eis que me deparo com uma colónia de formigas. Muitas, mesmo muitas!
Tentavam transportar qualquer coisa, não sei ao certo o quê, mas era escuro e brilhava, algo doce decerto...
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Contigo caminho todos os dias...
Jinho*
quarta-feira, 2 de maio de 2007
Apetece-me ser eu... para variar!
Perdidos algures no nosso "eu" artificial, esquecemo-nos do outro caminho...Por razões que chegam a ser tão ridículas que me deixam triste! Tristeza com que não me conformo, porque a verdade é sempre tão mais bonita...às vezes feia, mas sempre mais bela!
Deixamo-nos envolver por egocêntrismos, egoismos, invejas, crueldades... E esquecendo o que nos faz ser chamados de Pessoas, tornamo-nos bichos, que em vez de ViVER, sobrevivemos! Ter 50 pares de ténnis no armário torna-se fundamental e sem sequer darmos conta abdicamos do mais importante!
Reguemos a alma de verdades, enchamo-nos de coragem e deixeimos a máscara cair! Sejamos nós, para variar...
Jinhu*
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Perdoar é esquecer?
"... e contudo, faz-nos sentir, que Perdoar é esquecer a antiga guerra. E partindo recomeçar de novo, como o sol que sempre beija a Terra."
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Amizade...
Eis a pergunta que tanto me faz pensar… principalmente quando me dou conta que tantas pessoas (neste planeta J), não sabem o que é!
Será que podemos substituir um amigo? Há pessoas que acham que sim! Será que o nosso coração tem um nº limite de “armazenamento” de amigos? Há pessoas que acham que sim!
Há amizades que duram uma vida inteira, porque as pessoas se amam, porque se respeitam e acima de tudo porque dão valor à amizade.
Mesmo os amigos que não vemos durante muito tempo são amigos, nós sabemos que podemos contar com eles. Ou não?!
Ser humilde também faz de nós menos ou mais amigos, afinal a amizade é uma relação e numa relação devemos ceder (Q.B.).
Podemos dedicar-nos a vários amigos… e não ser possessivo ao ponto de achar que ele/ela é só nosso!
Fico extremamente aborrecida quando vejo pessoas ingratas e sem humildade, para com aqueles que no fundo são os verdadeiros amigos!
É certo que amigos com “A” maiúsculo, são poucos, mas então porque é que a amizade não é estimada como deveria ser?
Será que as pessoas não se dão conta, que com o decorrer da idade vamos tendo mais conhecidos e menos amigos!? Não percebo e não entendo…
quarta-feira, 11 de abril de 2007
Porquê?
(...)
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Páscoa?
Esta história de "todos somos filhos de Deus", tem muito que se lhe diga!
Muitos nem sabem em que tempo estamos... É a Páscoa!
Uma vez mais, tal como acontece no Natal, as vitrines forram-se de coelhos e coelhinhos, mas a verdadeira Páscoa, essa fica para os que a vivem verdadeiramente... na realidade fico um pouco irritada quando me dizem que não acreditam em Deus e que não têm qualquer credo, mas na realidade lá andam, tal como no Natal, aos beijinhos e abraços e a desejar uma Santa Páscoa!? na realidade nem sabem o que estas 2 palavras querem dizer, mas... lá atiram para o ar, aquilo que ouvem dizer desde pequenos, são nada mais nada menos que meros papagaios!
Alguém sabe o que é a verdadeira Páscoa?
Que Deus de facto chegue a todos os corações...
domingo, 8 de abril de 2007
Palavras Soltas...
quarta-feira, 4 de abril de 2007
Primeiríssimo...
O seu propósito não será muito diferente do da maior parte dos que também o têm.
Como todos, contar/partilhar experiências, ideias, gostos, sensações, estados de espírito, etc...